sábado, 8 de setembro de 2012

O Centésimo macaco - ou uma história mal contada


A história ficou conhecida pela "Experiência do Centésimo macaco".

Baseia-se numa experiência realizada de facto por cientistas japoneses, nos anos 50. Nesta experiência essencialmente os cientistas japoneses analisaram que os macacos eram capazes de aprender um comportamento. A experiência era assim:

Numa pequena ilha perto do Japão, até ali os macacos comiam batatas-doces, simplesmente pegando nelas e comendo. 
Os cientistas observaram que quando um macaco teve a ideia de começar a lavar as batatas em água, para retirar a terra, outros macacos aprendiam com ele a fazer a lavagem. pouco a pouco toda a população de macacos foi aprendendo a fazer a lavagem e ao fim de anos a maioria da população de macacos já lavava as batatas-doces.
Até aqui tudo bem, os cientistas observaram que os macacos eram capazes de aprender e seguir um comportamento que lhes traz benefício , nada do outro mundo, nenhuma revelação extraordinária.


20 anos depois, um ocidental, Lyall Watson, que tinha ouvido falar da experiência japonesa e dos seus resultados publicou um livro em que falou do efeito do "Centésimo macaco".
Segundo Watson, a partir de um certo número crítico de macacos que aprendem o comportamento, de repente todos os macacos da ilha passam a ter esse comportamento. Chamou a isso o efeito do "Centésimo macaco", quando 99 macacos já aprenderam a lavar, quando chega ao 100º, de repente a ideia espalha-se por todos os macacos da ilha. Mais, Watson disse que o comportamento de lavar as batatas a partir daí se espalhava por outras ilhas e que macacos que nunca tinham tido contacto com os da ilha original, começavam, como por telepatia, a aprender também a lavar as batatas.
Esta teoria de Watson ficou famosa, correu o mundo e foi apontada como prova de que existe telepatia, recontada  vezes sem conta por gurus e seguidores do movimento "New Age" como prova de que todos os animais estão ligados por um campo de energia que transmite conhecimento, uma espécie de inconsciente colectivo.


O problema é que Watson baseou-se num "ouvi dizer que alguém disse que alguém lhe tinha contado que...", os resultados da experiência original Japonesa não confirmam nada das ideias de Watson, os cientistas japoneses negaram anos mais tarde que alguma vez tivessem visto macacos noutras ilha a aprender por telepatia. A única coisa que observaram foi que existiam macacos que nadavam de uma ilha a outra adjacente, e lá depois ensinavam os outros a lavar batatas.
(Mais detalhes em: 
http://www.wowzone.com/monkey.htm  e  http://www.skepdic.com/monkey.html )

Mas a teoria de Watson ficou famosa e é contada milhares de vezes pela internet como prova da telepatia. 
Lamento se alguém ficou desiludido com esta história. Isto não quer dizer que não exista magia na vida, mas por ser justamente magia, ela escapa aos olhos frios da ciência. A magia não se encontra com os olhos, encontra-se com o coração e só se mostra a quem está capaz de a alcançar.


Mais recentemente Rupert Sheldrake tem publicado muitas coisas sobre campos morfogénicos (coisa muito parecida com a "força" dos filmes "Star Wars" - May the force be with you Luke!), ideias que combinadas com dados da física quantica, tem mais pernas para andar. Mas como as teorias de Ruper Sheldrake são mais fascinantes e mais complexas, fica para outra oportunidade falar melhor sobre elas. Até lá deixo apenas um video em que o próprio mostra as suas ideias:



sábado, 25 de agosto de 2012

As parvinhas e as outras...

As parvinhas e as outras...

Nos últimos dias, tem se passado mais um acontecimento viral nas redes sociais:


Um texto que é um monumento à estupidez e futilidade, de Margarida Rebelo Pinto, já com 2 anos, tem sido subitamente mais comentado que os implantes mamários da Pamela Anderson.

Os comentários, às centenas, quer na própria página do artigo do jornal Sol, quer na própria página do facebook da senhora fútil com frustrações sexuais, são uma delícia de ler, verdadeiras mini-peças literárias, infinitamente mais interessantes do que qualquer diarreia mental que possa surgir da cabeça oca de MRP.

Diverto-me imenso a ler os comentários que centenas por lá colocaram e recomendo. Esses sim, muito mais profundos, inteligentes e divertidos

Quanto a MRP, não deixo de sentir pena por um ser humano tão patético.
Como é possível uma pessoa andar toda uma vida a desenvolver-se e a esforçar-se, para chegar apenas a um vazio tão grande?

Escreve "livros" (= rolos de papel higiénico de má qualidade?), anda nas festas do croquete, penteia-se e arranja as unhas, faz dietas, aparece nas revistas cor-de-rosa, e com tudo isto ,tudo o que consegue na vida é atingir graus de estupidez inimagináveis.
Que pena :(
valham-nos os comentários:

http://sol.sapo.pt/inicio/Opiniao/interior.aspx?content_id=250&opiniao=Opini%E3o

https://www.facebook.com/pages/Margarida-Rebelo-Pinto/205994449419727?ref=ts&sk=info