Quis o destino, que fosse colocado a trabalhar num centro comercial
Eu que sempre evitei essas catedrais de consumismo
Mas o exercício tem a sua piada
As pessoas que frequentam os centros-comerciais são pura matéria plástica
Das roupas, aos gestos, a postura da menina da moda, tudo é plástico
Tudo é corantes e conservantes
A menina hippie-chic, o segurança cheio de pose. O executivo com a gravata muito aprumada.
Eu, com a minha alma de cientista, imagino os excelentes estudos etológicos que se podiam fazer com aquelas câmaras de video-vigilância
De tanto querer parecer, as pessoas esqueçem-se do que são
Acreditam nas mentiras que elas próprias criaram
O sorriso artificial diz-lhe que são felizes, e elas acreditam
A maquiagem diz-lhes que são bonitas e elas convencem-se
o desodorizante mascara as ferormonas
A imagem é confundida com o real
Plástico, plástico
O esforço que as pessoas fazem para não se verem a elas próprias
sábado, 21 de março de 2009
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1 comentário:
Concordância absoluta.
As pessoas instigadas pela televisão acham que só acompanhando as variações da moda, que por acaso é muito mais instável que o humor de uma mulher com TPM, e por isso vão todos aos shoppings, sem saberem no fundo o que gostam, mas simplesmente manietadas.
Acho que uma pessoa que sabe o que gosta e não deixa nem a caixa do televisor nem os outdoors pensarem por ela sabe como meter freio no consumismo e sentir-se feliz com as escolhas que faz, pois fá-lo-as acertadamente.
E o engraçado é que julgam que estão a marcar diferença ou a pôr em evidência o que têm de diferente e não percebem que acabam por tornar-se todas iguais.
Que ganda merda!
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